4 tarefas para o Controle Financeiro
Parece um assunto tão bobo e simples falarmos da necessidade de um controle das contas da empresa e que, com certeza, isso já é praticado por todos aqueles que possuem um negócio próprio. Porém, não é isso o que realmente encontramos na prática, justamente o contrário. Nesses anos atuando em contabilidade, voltado principalmente as empresas de pequeno a médio porte, é comum encontrarmos diversos empreendedores que não possuem o mínimo de conhecimento do seu fluxo de caixa, acarretando muitas vezes ao pagamento atrasado de diversas obrigações ou uma falta de dinheiro em caixa em determinadas datas.
Visando colaborar positivamente para contornar esse cenário, iremos nesse estudo ensinar em quatro tarefas como você fará para controlar o seu caixa, utilizando-se de métodos e ferramentas simples, muitas sem custo algum, e que no final te ajudarão a administrar melhor o seu fluxo de caixa.
1 – A gestão do caixa:
Quando trabalhamos com carteira assinada, estamos acostumados que sempre no começo de cada mês cairá na conta o salário, já previamente conhecido, e temos o mês inteiro para administrá-lo. Todavia, quando nós somos o “chefe”, não podemos pensar dessa forma, pois não sabemos qual será a nossa receita e em quais datas ocorrerão, mas podemos projetá-las com base nos meses anteriores. Temos aqui a nossa primeira lição: a projeção.
Essa projeção ou previsão, pode ser feita até mesmo em uma planilha em Excel, na qual pegaremos os dados de vendas de pelo menos três meses anteriores e individualizados por dia. Feito isso, podemos verificar quais são as datas que as maiores receitas ocorrem, e com isso projetar os pagamentos de obrigações para datas posteriores a elas, evitando dessa forma a insuficiência de caixa.
Outra coisa que devemos conhecer são os prazos de recebimento que trabalhamos, ou seja, tudo sempre à vista ou parcelado no cartão ou em crediário próprio. Isso é essencial para conhecermos quais são as possibilidades de parcelamentos que podemos trabalhar. Pense comigo na seguinte situação: Atualmente, parcelo qualquer compra acima de um determinado valor em até quatro vezes no cartão de crédito, porém quando realizo uma compra consigo negociar com meus fornecedores em no máximo duas vezes, ou seja, estamos bancando com recursos próprios o parcelamento que o cliente efetuou, para a administração financeira de qualquer negócio isso é muito ruim, pois esse dinheiro poderia estar aplicado em outras operações, gerando receita para a empresa.
O que devemos concluir nessa lição inicial? A necessidade do controle do caixa, ou seja, parcelar vendas em no mínimo possível, buscar realizar venda à vista, negociar com os fornecedores parcelamentos maiores, mas nunca endividando excessivamente a empresa, controlar os pagamentos para que eles ocorram em dias que a empresa possui dinheiro, evitando multas e juros pelo atraso, e principalmente, buscar sempre otimizar o que sobrou no caixa, aplicando-o na geração de mais receitas e investimentos, nunca o consumindo todo.
2 - Sistemas eletrônicos de gestão:
O processo de controle de contas já passou por diversas evoluções, desde o antigo caderninho de anotação, a planilhas em Excel até chegar nos sistemas atuais totalmente on-line, os quais podem ser acessados de qualquer lugar ou computador.
São esses tipos de software que devemos nos acostumar, e se você ainda não implantou um desses, aconselhamos que seja feito o quanto antes possível. Através dos sistemas eletrônicos atuais, todo o controle e estudo do caixa que foi dito no tópico anterior é feito automaticamente, gerando diversos relatórios de gestão muito úteis e além disso, muitos são totalmente integrados, ou seja, ao efetuar uma venda ou compra, quando emitido a nota fiscal, ele já gera todas informações para o financeiro, para o fiscal e para a contabilidade, facilitando muito a vida do empresário.
Quanto à qual sistema adotar, sugiro que procure na internet ou em sua rede de relacionamento, aquele que melhor adeque a sua necessidade e bolso. Já existem no mercado sistemas otimizados para cada seguimento, desde clínicas veterinárias a grandes incorporações imobiliárias, ou seja, com certeza existirá algum software voltado ao seu segmento.
3 - Custo Financeiro:
Praticamente todas as operações bancárias existentes, cobram um custo financeiro para ser realizada, conhecer esse custo é essencial para dimensionar o impacto que ele terá sobre a sua receita líquida. As máquinas de cartões de débito e crédito, são as modalidades preferidas de pagamento existentes hoje em dia, e cada operação realizada nelas é cobrado uma taxa, conhecer esse valor e negociá-lo com o gerente do seu banco é muito importante, vamos exemplificar: pago uma mensalidade de R$ 90,00 e 3% sobre cada operação realizada, ou seja, se efetuo R$ 20.000,00 em vendas no cartão, terei um custo mensal de R$ 690,00 (20.000 x 3% = 600,00 + 90,00 = 690,00), portanto, a minha receita líquida inicial, sem ainda computar impostos e outras despesas já está em R$ 19.310,00, ou seja, um custo financeiro líquido de 3,45%.
4 - Manutenção:
Assim como um antivírus só é bom quando atualizado periodicamente, um software de gestão também. Para que isso ocorra, uma rotina deve ser criada, porém deve ser simples e rápida, para que não desencoraje a quem deve alimentá-la.
Ao realizar essas quatro tarefas na sua empresa, com toda a certeza, você já possuirá um controle muito eficiente, criando vantagens competitivas em relação ao seu concorrente, pois você possuirá informações que serão úteis em negociações rápidas e diminuirá sua margem de erros operacionais.
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AUTORIA: KITRON Contábil.
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